sábado, 28 de julho de 2007

Para brasileiros, ONGs estrangeiras são parte de complô para tomar a Amazônia

Larry Rohter
Na Estação Ecológica de Anavilhanas, no Amazonas

Dependendo do ponto de vista, o apoio financeiro da organização não governamental World Wildlife Fund (WWF) a uma reserva natural aqui no Rio Negro pode se constituir em uma louvável tentativa de conservar a Floresta Amazônica ou em um complô maligno articulado por grupos ambientalistas estrangeiros no sentido de ganhar controle sobre a última grande floresta do Brasil e impôr o domínio internacional sobre ela.

Em 2003, após assinar um acordo com o World Wildlife Fund e com o Banco Mundial, o governo brasileiro criou o programa Áreas Protegidas da Amazônia. Desde então, vários parques e reservas nacionais abrangendo uma área maior do que os Estados de Nova York, Nova Jersey e Connecticut juntos foram incluídos nesta rede e receberam uma injeção de novas verbas.

Trecho da Estação Ecológica de Anavilhanas, no Rio Negro, próximo a Manaus

"O objetivo do programa é estabelecer um sistema central para assegurar a proteção da biodiversidade da Amazônia", disse Matthew Perl, coordenador do World Wildlife Fund para a Amazônia, durante uma visita feita em junho à área, um arquipélago esparsamente habitado, composto de 400 ilhas a noroeste de Manaus. "Isso faz parte de uma estratégia para ganhar tempo, fazer com que cada uma das áreas protegidas atinja um certo padrão de gerenciamento e agregar recursos para garantir o monitoramento e o cumprimento da lei".

Mas essa iniciativa gerou suspeitas entre empresas poderosas e grupos políticos no Brasil que desejam integrar a Amazônia à economia do país por meio de barragens, projetos de mineração, estradas, portos, indústrias de extração de madeira e pólos de exportação de produtos agrícolas.

"Isso é uma nova forma de colonialismo, uma conspiração ostensiva na qual os interesses econômicos e financeiros agem por meio das organizações não governamentais", acusa Lorenzo Carrasco, editor e co-autor do livro "Máfia Verde", um libelo anti-ambientalista de grande circulação. "É evidente que esses interesses querem bloquear o desenvolvimento do Brasil e da região amazônica com a criação e o controle dessas reservas, que são repletas de minerais e de outros recursos naturais valiosos".

Este tipo de percepção é bastante comum no Brasil, independentemente de fatores como região e classe social. Em uma pesquisa com 2.000 pessoas em 143 cidades, realizada em 2005 pelo Ibope, uma das principais organizações de pesquisa de opinião do país, 75% dos entrevistados afirmaram que as riquezas naturais do Brasil poderiam provocar uma invasão estrangeira, e quase três em cada cinco pessoas ouvidas disseram não confiar nas atividades dos grupos ambientalistas.

Vencer a batalha pela conquista da opinião pública brasileira é crucial para qualquer esforço global com o objetivo de preservar o meio-ambiente e, conseqüentemente, conter a alteração climática. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de gases causadores do efeito estufa. Mais de três quartos dessas emissões são resultado do desmatamento, a maior parte do qual ocorre aqui na Amazônia.

Mas a idéia de que os estrangeiros cobiçam a Amazônia é há muito tempo generalizada no Brasil, alimentada em parte pela ansiedade com relação ao tênue controle exercido pelo governo federal sobre a região. Essas preocupações foram exacerbadas nos últimos anos pela Internet, que se tornou um foco de documentos forjados e de declarações cujo objetivo é convencer os brasileiros de que a sua soberania corre perigo.

O exemplo mais notório é um mapa amplamente reproduzido, e que seria supostamente utilizado nos livros de geografia das escolas de segundo grau dos Estados Unidos. Cheio daqueles erros de grafia e sintaxe comuns entre os falantes de línguas românicas como o português, o mapa mostra a Amazônia como sendo uma "reserva internacional" e descreve os brasileiros como "macacos" incapazes de tomar conta da floresta.

Outros documentos falsos afirmam que, durante a campanha presidencial de 2000, tanto o presidente George W. Bush como Al Gore fizeram discursos defendendo que a Amazônia fosse tomada do Brasil. Em certos trechos, os documentos citam um general norte-americano não identificado, que lideraria uma agência que, segundo o Pentágono, não existe. O general teria dito: "Caso o Brasil decida usar a Amazônia de uma forma que coloque em risco o meio-ambiente dos Estados Unidos, precisamos estar prontos para interromper tal processo imediatamente".

Desde o início da Guerra do Iraque, acusações relativas a planos militares dos Estados Unidos para tomar a Amazônia são feitas com freqüência para denigrir os ambientalistas e as suas reclamações quanto às políticas do governo brasileiro. Em audiências no ano passado sobre a proposta de construção de uma represa no Rio Madeira, esses acusadores distribuíram um mapa mostrando aqueles que, segundo eles, seriam "locais de operações avançadas" dos Estados Unidos na região com o objetivo de impedir o desenvolvimento do Brasil, incluindo bases militares e assessores na Bolívia e na Venezuela, dois países que não são exatamente amigos do governo Bush.

Parte desse material que circula no país é obra de grupos nacionalistas de direita simpáticos à ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. Em um caso pouco comum de concordância entre ex-adversários, organizações de extrema esquerda - até mesmo no governista Partido dos Trabalhadores - também endossaram a idéia de que existe um complô estrangeiro para tomar a Amazônia, da mesma forma que vários segmentos da ativa nas forças armadas.

"Tudo indica que os problemas ambientais e indígenas são meros pretextos", afirma um recente relatório de inteligência brasileiro que foi disponibilizado ao "New York Times" por um brasileiro que recebeu uma cópia e que ficou preocupado com as idéias expressas no documento. "As principais organizações não governamentais são, na realidade, peças de um grande jogo no qual as potências hegemônicas estão engajadas para manter e ampliar o seu domínio. Certamente, elas servem de coberturas para aqueles serviços secretos".

Segundo Perl, o coordenador do World Wildlife Fund, na realidade a sua organização espera apenas criar um barreira de contenção em volta desta reserva por meio da formação de um "Bloco de Conservação do Rio Negro" maior. Ele afirma que a idéia é proteger a reserva existente ao ajudar as reservas indígenas, os parques estaduais e as reservas naturais localizados às margens do rio a operar de forma mais efetiva.

Segundo Perl, até 2012 a sua organização e os seus parceiros esperam inserir uma área maior do que a Califórnia no sistema. Para isso foi criado um fundo administrado por uma fundação brasileira que pretende arrecadar US$ 390 milhões e incluir doações do governo da Alemanha e de outros países.

Em meados da década de 1990, parte da área em torno do arquipélago foi de fato declarada um parque estadual. Mas pouco se fez para que o decreto vigorasse, e desde então a agência de reforma agrária do governo federal assentou 700 famílias camponesas aqui, e marinheiros, fuzileiros navais e policiais brasileiros criaram centros de treinamento na selva na área protegida.

"Existem diversas reivindicações e planos, de forma que esta se tornou uma área de conflito", afirma Thiago Mota Cardoso, que monitora o parque para o Instituto de Pesquisas Ecológicas, um dos parceiros regionais do World Wildlife Fund. "É uma ironia que esta terra pertença ao governo federal e, no entanto, o governo não faça nada".

Tradução: UOL

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Filhas das Putas e suas Máquinas

Olha... quer educação procure outro Blog...
Os Psiquiatras q optam por Eletroche;
Deveriam provar antes de testar em outros;
Filhas das p... a mãe nunca deve ter imaginado que
iria criar um "bicho" desse... imaginem isso?






Gerador eletrostático (1770)



Pilha voltaica, invenção de Alessandro Volta (1802)




Comutador mecânico de estimulação (1845)


Estimulador elétrico por indução, de Emil DuBois-Reymond (1846)

....

Filha de putices a parte... tem varios modelos... e olha as datas.
Acho q deveriamos testar pra ver qual é.... hauhauauauhauhaua

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Conheça os vírus mais curiosos de 2007

São Paulo, 24 de julho de 2007 - Conheça as pragas mais curiosas de 2007, de acordo com relatório da Panda Software. Nas listas estão presentes algumas das variantes mais interessantes de malware em circulação.

O vírus mais devoto: Este título vai para o worm USBToy.A, que exibe a seguinte citação da Bíblia a cada vez que o sistema é reiniciado: “No princípio, Deus criou o céu e a Terra. E a Terra estava sem forma, e desabitada. E as trevas cobriam o abismo. Deus disse: Que haja luz. E houve luz. A história precisa ser lembrada!”.

As maravilhas do GPS: O Trojan Burglar.A, além de roubar senhas e fazer muitas outras coisas, diz aos usuários exatamente onde o seu computador está localizado utilizando o Google Maps. Você poderá ser infectado, mas pelo menos não vai se perder…

O sindicalista: O ArmyMovement.A poderia ser um orgulhoso membro do movimento sindicalista, já que ele envia um hoax com o assunto, escrito em turco, dizendo: “Aumento salarial de 50% do governo para os militares e funcionários civis”. Será que foi escrito por um soldado turco com pouco dinheiro, cuja esposa trabalha para o governo?

O melhor jornalista: O worm Rinbot.B poderia concorrer ao prêmio Pulitzer. Este código inclui uma suposta entrevista da CNN com o seu criador explicando o motivo dele ter criado o worm. Isto faz com que a investigação do caso Watergate pareça uma brincadeira de criança.

O mais indeciso: Ele se propaga via e-mail, com o nome do remetente gerado aleatoriamente. O assunto da mensagem também pode variar, assim como o conteúdo do texto. Ele inclui um anexo… também com um nome variável. E o nome do próprio código malicioso também varia? Por enquanto não, ele é o worm Piggy.B.

Que xereta! Sssh! Não faça barulho, senão este bisbilhoteiro vai descobri-lo… O XPCSpy registra as keystrokes, as páginas da web visitadas, os programas executados, os e-mails, chats e mensagens instantâneas, janelas abertas e até captura screenshots... É simplesmente impossível guardar um segredo com este código malicioso por perto.

O mais traiçoeiro:. O VideoCach engana os usuários alertando-os sobre ameaças não existentes, ao exibir uma mensagem que alega a presença de malware no computador. Ele utiliza esta estratégia para levar a vítima a adquirir um determinado programa. Se o usuário não segue o aviso, o adware continuará a afirmar que o computador está infectado. Nem mesmo o Pinóquio mentia tanto.

O brincalhão: O Ketawa.A ganha o título do Brincalhão do Ano. Além de outros comportamentos típicos de um Trojan, como criar arquivos ou modificar o registro, ele exibe uma tela com uma piada em indonésio. Realmente engraçada sem dúvida… se você conseguir entendê-la.
E o melhor ator é... Existem dois indicados para este prêmio.


Na categoria júnior, o Harrenix.A por sua “simulação de um trailer de Harry Potter e a Ordem da Fênix”.

Na categoria sênior temos o Pirabbean.A, por um excelente desempenho em “simular um trailer de Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”.

E o vencedor é…
O som da música: Passando para a música, o vencedor indiscutível é o worm Gronev.A, já que ele abre o Windows Media Player e toca um trecho de uma música chamada Lagu. Um grande compositor.

O mais comunicativo: O título vai para o Trojan BotVoice.A, que fala com os usuários infectados através de uma gravação: “You have been infected I repeat You have been infected and your system files has been deleted. Sorry. Have a Nice Day and bye bye”. Perfeito para quem não tem com quem conversar.

Segundo a empresa de segurança, mesmo que alguns destes códigos possam parecer interessantes ou mesmo divertido, os usuários devem estar atentos para as ameaças mencionadas acima, ou quaisquer outras. Por esta razão, a Panda Software alerta os usuários para se certificarem que possuem um software antivírus confiável instalado e mantê-lo atualizado.